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Postagens

Mostrando postagens de 2016

Agradecimento

Ontem fiz uma postagem falando das previsões para 2017. Achei que fosse a última, mas não. A última postagem do ano é esta. Quero deixar registrado aqui a minha imensa gratidão por todas as pessoas que passaram no meu caminho durante este ano. Principalmente, as que passaram a partir de março deste ano. Recebi muitas ajudas. Pessoas que eu nunca desconfiei que pudessem me ajudar e me ajudaram. Todas elas fazendo o bem, sendo disponíveis, ajudando no que elas podiam, disponibilizando seu tempo. São inúmeras pessoas e eu não vou citá-las aqui porque sei que a maioria não gostaria. A caridade se faz em silêncio, sem alarde, sem fotos, sem exibicionismo. Conto nos dedos quem sabe da minha real situação, na verdade nem chega aos cinco dedos de uma das mãos. O grosso mesmo, só euzinha sei. E só eu sei as dores físicas e na alma que senti e sinto. Só eu e meu travesseiro. Porém, essas pessoas me ajudaram das mais diversas formas e acho que a maioria nem sabe o quanto foram importantes pa

Ano Novo

Esta é a última semana do ano. Na verdade descobri que na astrologia, se fala em término do ano profano, pois astrologicamente o ano novo se iniciará em 20 de março de 2017, quando Saturno estará regendo. Saturno será o astro regente e é o início. Para a numerologia a soma de 2017 é 1 (2+0+1+7=10= 1). O número 1 é o início. No horóscopo Chinês é o ano do Galo de Fogo. 2017 é o ano importante por tudo que representa e principalmente pelo 2016 que é ano 9 que significa encerramento, término, tirar tudo de baixo do tapete para uma nova reconstrução. O ano regido por Saturno, segundo os astrólogos, é um ano forte. Onde foco, disciplina, determinação, responsabilidades serão palavras chaves. Saturno é Chronos que significa tempo. É tempo de arar a terra para fazer-se o plantio e colher futuramente. Não há espaço para desistências, é preciso persistir. Perseverar naquilo que é o certo, o reto, onde o tempo será tudo. Saturno é aquele que alicerça, o que não tiver bases fortes sairá, ou

Ao Papai Noel

Querido Papai Noel,  Apesar de ter deixado de acreditar em você há muitos anos, gostaria deste ano voltar a conversar contigo. Não sei se minha carta será uma carta de pedidos ou de agradecimentos, mas existem coisas que preciso compartilhar: Quero agradecer pelas coisas ruins que aconteceram neste ano, porque de uma certa forma, elas me proporcionaram descobrir outras que jamais acharia que pudesse conhecer. Obrigada pelas inúmeras tentativas de suportar as porradas e os tombos levados. Agradeço, também,  por conseguir estar agora escrevendo para você. Este ano foi muito intenso em todos os sentidos e voltar a escrever para você é uma forma de me conectar com a minha infância. Obrigada. Mas agora quero pedir: Peço que se for possível não caia de meus olhos lágrimas de tristeza, somente permita as de alegria; quero que tenha coragem e força para prosseguir; peço sabedoria, paz e muito discernimento; peço muita motivação para o trabalho e que eu consiga me realizar como pro

Santa Luzia

Esta semana me antecipei e resolvi escrever logo sobre o dia 13 de dezembro. Dia 13 de dezembro é dia da minha santa, dona do meu nome e a qual fui consagrada ao nascer: Santa Luzia. Já contei aqui como recebi seu nome, do qual muito me orgulho.  Tenho muita fé em Santa Luzia. Acredito que durante minha vida ela sempre esteve comigo, sempre iluminando meus caminhos e de uma certa forma sempre mostrando coisas a serem reveladas. Ela é a responsável pelos olhos físicos e os olhos da alma, e mais, ela é guerreira e destemida, não negou sua fé mesmo diante de várias dores. Tudo bem, não quero sofrer como ela (quem sou eu para dizer se tenho ou não de passar por determinada situação) mas quero ter um pouco que seja da força quer ela teve.  Ontem aconteceram coisas, das quais me fizeram um pouco mais feliz nesses momentos tempestuosos, que tenho a absoluta certeza de que ela com sua força e suas lágrimas curativas estavam perto de mim. Só eu sei o que senti. Tenho muito que agradecer

Nove

Poderia falar de muitas coisas nesta postagem. Sobre o desastre aéreo, sobre o Dia Nacional do Samba, sobre dezembro e sobre Santa Bárbara que se comemora no próximo dia 4, porém resolvi falar do número nove. A somatória de 2016 dá o numeral nove (2+0=2, 1+6=7/2+7=9). Segundo o Dicionário de Símbolos de Chevalier e Gheerbrant (uns dos livros que fazem parte da minha cabeceira), o nove é um número de valor ritual. Simboliza o número das gestações, das buscas proveitosas e simboliza o coroamento dos esforços e também o término de uma criação. Além disso, o nove é a tríade da perfeição, a ordem na ordem, simbolizando a totalidade dos três mundos. O nove é o número de uma das esferas celestes, da plenitude do Yang. Na Divina Comédia o nove é o número do céu e de Beatriz onde ela é o símbolo do amor. O nove para o islamismo representa às noves aberturas do homem, ou seja, a via de comunicação com o mundo. Sendo o último algarismo o nove tem o poder de anunciar o fim e um recomeço, ou

Animais fantásticos e onde habitam

Fui assistir ao filme Animais fantásticos e onde habitam . Assisti a toda saga Harry Potter e adoro. Então, como não assistir a um filme de J.K. Rowling? Se ele é ou não um filme pré Potter não sei. Sei que tem muitos efeitos fantásticos e o talentoso Eddie Redmayne ( Garota Dinamarquesa ). Não vou especular sobre a saga Harry etc, mas o que pretendo nesta postagem é atribuir uma simbologia no filme em si. Sempre gostei de símbolos e suas representações, minha vida foi cheia deles e ainda é. O filme de J.K. não poderia ser diferente. Apesar dos grandes efeitos que a projeção 3D proporcionam, o que está no filme perpassa o tempo e continua clássico: são os valores humanos e a eterna luta entre bem e mal. O Sr. Scamander (Redmayne) com sua bondade e certa inocência consegue além de proteger os animais fantásticos que vivem no mundo mágico combater e desmascarar o mal, na verdade, consegue revelar a verdadeira índole de um ministro da magia levando-o a prisão. No filme aparecem a qu

Sobe e desce a ladeira

Era uma vez um bambino que subia e descia a ladeira. Uma vez ele desceu e encontrou com seu amiguinho que o aguardava para irem escondidos ver uma capoeira que se formava lá pras bandas da Camerino. O bambino ficava fascinado com os pulos e rodopios daqueles homens. Queria aprender também... Seu amigo dizia, "isso não é coisa sua!" E o bambino  retrucava, "é sim!" Rodopios pra lá, pernadas pra cá, o bambino continuava subindo e descendo a ladeira com o amigo. Até que um dia estourou uma revolta que parou a cidade, cada um dizia uma coisa, uns diziam levante, outros, revolta. Na ladeira as coisas estavam difíceis agora, sua irmã mais velha dizia: "É melhor não descer!". Passaram-se dias e, finalmente, o amigo bateu à porta,. Ficaram sentados na calçada. O pensamento dos dois eram descer e ver os capoeiras, mas não sabiam que por enquanto nem capoeira havia. O amigo, consternado, contava que seu tio estava lá na revolta e que a tia desesperada, não sabia

The sound of silence

O ano de 1964 foi muito emblemático para o mundo e principalmente para o Brasil, foi o ano do golpe que retirou Jango do poder pelos militares. Foi um ano bissexto e, como talvez já disse aqui, anos bissextos são sempre complicados. Foi também título de livro de George Orwell que até hoje é um clássico. Além disso foi o ano de lançamento da música The Sound of Silence de Simon e Garfunkel. A somatória de 1964 resulta no número dois. Dois é o símbolo da oposição, do conflito, do equilíbrio realizado ou das ameaças latentes, então tudo a ver com o golpe de Jango e todas as turbulências que um ano bissexto proporciona. Porém, vou me ater a música da dupla que embalou jovens e também tornou-se um clássico. A música fala da escuridão do silêncio e o que esse silêncio proporciona na vida das pessoas. Existe na música um trecho em que aponta para o crescimento dessa escuridão e que há uma multidão de pessoas que conversam sem falar e que se curvam ao Deus de neon que elas criaram. Sabe

Apenas algumas considerações

Já estamos no final do décimo mês do ano e indo para o décimo primeiro. As reflexões surgem e não param de pipocar. Tem sido um ano muito difícil pra mim e aqui é o lugar para colocar meus fantasmas, fazer minha terapia. Externar algumas coisas, compartilhar neuroses, o meu estar no mundo, contribuindo para a minha catarse e o autoconhecimento. Por isso, sou adepta da terapia e da terapia de conhecer gente!  Sempre quando converso com alguém aprendo um pouco sobre mim e sobre o mundo. Uma das coisas que descobri mais severamente este ano é que existem toda a espécie de gente, inclusive as más. Óbvio que nunca fui uma pessoa inocente a ponto de confiar cegamente em alguém e sei que o ser humano tem um lado perverso, porém, existem pessoas que, de fato, são más e ardilosas. Pessoas que realmente invejam o que é do outro e são capazes de fazer de tudo para conseguir a qualquer custo o que não lhes pertence. São pessoas capazes de descer até o mais baixo da condição humana e se submeter a

Easy Rider

Na postagem passada falei sobre música e músicos.  Neste, também falarei sobre música. Agora é a vez de Born to be Wild , tema do filme Easy Rider (Sem destino) de 1969. O filme foi um estouro. A sinopse é bem fácil de saber na net. Basicamente é a história de dois homens que, após a venda contrabandeada de drogas, saem pela estrada rumo a Nova Orleans. Filme considerado marca de uma geração o qual aborda vários assuntos. Na postagem passada falei que tinha um sonho de ser mãe solteira e sair sem rumo pelo país a bordo de um jipe. Os personagens viajam a bordo de uma Harley Davidson. A música do filme, Born to be Wild , é um clássico, acho que todos em algum momento já a ouviram... Pois bem, eu adoraria sair sem destino por aí, mas não faria nada ilegal para conseguir os meios de bancar essa viagem... acho que o grande ponto tá aí. Hoje prega-se o aproveitamento da vida em tempo integral. vamos viver, vamos viver!! Vamos "deixar a vida levar", vamos aproveitar tudo o que t

Bruce Springsteen

Acho que todo artista deveria se engajar numa causa. Pra mim ao escolher profissões voltadas para as artes você deveria quase que obrigatoriamente ser engajado com algo. Arte é vida, é pensamento, é revolução. É não alienar-se, é empatia, é colocar-se no lugar do outro, é não se omitir, é profissão de fé... é não ficar em cima do muro, é ter uma visão de mundo... Não sou artista, gostaria muito de ser... Não sei cantar, nem tocar nenhum instrumento, não sou musicista, pintora, poetisa, não sou poliglota, não viajei mundo, mas sempre gostei de ler e tenho como minha profissão de fé a escrita e a observação. Gosto de gente e conversar com gente que me acrescenta. Quando era garota, mais pra adolescente na verdade, achava que iria ser uma mulher que comandaria alguma revolução. Andava com uma fitinha verde e amarela pendurada na mochila e um dos motivos por fazer Literatura Brasileira era pra "defender" tudo o que era brasileiro, muitas utopias que com o tempo vão se ajusta

A menina e a janela

Era uma vez uma menina que sentada no batente azulejado da janela contemplava o entardecer... Essa menina dobrava as pernas e com os braços abraçava os joelhos e deitava a cabeça sobre eles. Cena de filme. A janela era do seu quarto, era num subúrbio distante...  O que pensava essa menina todas as tardes? Talvez na sua vida futura ou mesmo na beleza dos passarinhos comendo as amoras. A menina adorava as chuvas de verão (sol e chuva casamento de viúva/chuva e sol casamento de espanhol) e o lindo arco-íris que se formava depois. A menina adorava tomar banho de chuva e do seu batente ver os pingos da chuva caindo nas poças formando inúmeros círculos. A menina adorava sentir o cheiro de terra molhada quando começava a chover em seu quintal. Mas ela sempre estava ali sentada no seu batente. Ela pensava, acredito eu, em grandes coisas que pretendia fazer quando fosse dona das suas pernas, pensava em conhecer mundo, pessoas, olhava muito para o céu e desconfio que ela gostaria de descobr

São Jerônimo

Fui a exposição sobre os Orixás que está na Casa França Brasil. Esperava mais. A exposição é bonita. Nela estão os painéis de Carybé e seus desenhos. Painéis enormes com a representação dos orixás talhados em madeira, lindos. Há as famosas fotos de Pierre Verger. Lindas esculturas feitas em aço com os símbolos dos principais orixás. tem Oxossi, Oxum, Iemanjá, Ogum, Xangô, Oxumaré e Exu. Os desenhos de Carybé com as representações de Nanã, Iroco, Ossaim, Logum Edé. Dois quadros de Heitor do Prazeres, onde num deles, há uma roda de samba com um ponto riscado no chão. Há painéis com o trecho do livro de Jorge Amado,  Bahia de Todos-os- Santos, descrevendo como são cada um dos orixás, mas, sinceramente, achei uma exposição para turistas... Acho que poderia ser uma exposição mais profunda sobre esse universo tão vasto e encantador. Nós brasileiros temos em nossas veias muito do DNA daqueles negros vindos da África e muitos de nós ainda desconhecemos da cultura e ritos afros. É uma exp

Salve as crianças!

Semana que vem é dia de Cosme e Damião. E já que são duplos, não poderia ser diferente, comemora-se em duas datas 26 e 27 de setembro. Para mim eles são triplos, tem o Doum junto. Adoro essa época. Fui criada nessa atmosfera de magia e alegria. Se somarmos 26 (2+6=8) dá o numeral 8 que simboliza o equilíbrio cósmico e nas crenças africanas tudo que é puro é duplo (quatro duas vezes). se somarmos 27 (2+7=9) o nove representa a totalidade dos três mundos e é um dos números da esfera celeste, nove é o número da plenitude. Não tem pra onde correr, a data dos santos gêmeos é celestial.  Ainda tem o Doum pra completar a tríade geradora de todo o princípio universal.  Segundo estudiosos a imagem do santo gêmeo foi introduzida no Brasil no século XVI. Nasceram na Arábia e foram martirizados na Cilícia. Eram médicos por profissão, não cobravam e ficaram famosos por suas curas extraordinárias. Foram padroeiros da poderosa família dos Médicis e depois a crença se espalhou por toda a Europa.

Eu continuo acreditando "nessa" rapaziada!

Era para escrever só amanhã carregada da minha emoção pós cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos 2016, mas não aguentei e resolvi escrever hoje mesmo. Que coisa maravilhosa assistir ao jogos... e poder ver o quanto a gente deve acreditar nessa rapaziada! Não teve um dia que eu não chorasse. Chorei de emoção, de alegria, de satisfação ao ver atletas tão bons, tão seres humanos competindo com muita garra e técnica. Representaram seus países com alegria e determinação, independente se as medalhas vinham ou não. Tive a oportunidade de assistir de perto uma das competições e eles são surpreendentes. E como já disse, eles são eficientes e não "deficientes", esse rótulo não cola com eles. Aliás, deficientes somos nós "normais" que choramos por qualquer batida de martelo nos dedos, por qualquer topada, por qualquer dorzinha... Eles não. Vão lá, buscam mesmo com suas limitações físicas e conseguem. Foi lindo vê-los compartilhando suas vitórias com suas família

Eu acredito "nessa" rapaziada!

Escrevo fortemente emocionada com a abertura dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. Chorei muito!  Nós reclamamos diariamente por tantas coisas banais, temos a síndrome do "aí coitadinho de mim", desistimos facilmente depois de tantas quedas e baques na vida, mas eles estão lá superando. Superam tudo: limitações físicas, limitações de dor, limitações que o preconceito insiste em provocar, limitações de locais para treinar, limitações de patrocínio, limitações das mais variadas ordens... mas estão lá! Entrando no Maraca sorrindo, balançando suas bandeiras, carregando a alegria de representar seu país! Representando os refugiados da Síria, representando a fome da Somália, representando a guerra em Moçambique, representando as dores de toda uma nação, porém, no momento que adentram o grande estádio isso tudo vem junto em seus corações e uma explosão de sorrisos superam todas as tristezas. Agora sou um ser em totalidade! Sou um atleta! Vou competir, sou capaz! Mostram as

A cabana

Gostaria neste momento estar num deck contemplando as estrelas acompanhada de alguém interessante e que fosse o responsável pela Criação. E que ao entrar na cabana estivesse esperando por mim outras companhias muito agradáveis e que me acalentassem a alma. E por alguns dias pudessem me dar um intensivo de como viver plenamente. Esse é mais ou menos o que o livro A Cabana  propõe. Na verdade o livro trata-se de muito mais. O livro conta a história de Mack e seu acerto de contas com Deus. Gosto de reler e rever coisas. Dessa vez foi com A cabana. A primeira vez, o li em 2008, de lá pra cá muita coisa mudou e eu também. Tô mais ou menos como Mack tentando acertar minhas contas com O Criador. Tentando compreender "A Grande Tristeza" que se abateu na minha vida. Sendo que na vida de Mack a tristeza foi pior que a minha.  Tristezas à parte, o livro é fabuloso. Sugiro a todos que leiam, independente de suas tristezas ou de suas alegrias. O livro é pra vida. O bacana é notar que

O triunfo da cor

Estou brava com Deus, sou humana e posso ficar brava com quem quiser, ainda mais com aquele que tenho intimidade. Esse post seria a escritura da minha carta bem aborrecida a Ele. A carta começaria assim: "Nem vou perguntar como está, porque estou puta contigo! Tá achando que sou palhaça?"... Se esse seria o início, imagine o final... nem queiram saber... Mas com amigo(a) a gente tem essa liberdade. Pois bem, tava eu andando pelo Centro, depois de gastar muita sola de sapato tentando as minhas vendas de crocheteira, cheia de dor na coluna, no pé e na alma, minha ebulição raivística (inventei) estava se apresentando, resolvi, então, entrar no CCBB, para minha última tentativa de venda... aí nada... Eu sei, fazer tudo com raiva é uma m... ainda mais com raiva Dele, aí não rola... Mas como estava mesmo naquele lugar lindo e que adoro, resolvi conferir no que eles tinham de exposição e aí... foi uma explosão de cor. Está em cartaz no CCBBRJ a exposição O triunfo da cor, o pós

Homem que come gente

O Abaporu está de volta ao Brasil em curta temporada no MAR (Museu de Arte do Rio). O quadro de Tarsila do Amaral está em exposição juntamente com os quadros de Botero e Di Cavalcanti.  Abaporu é um quadro famoso, estudamos ele e a cultura antropofagista dos modernistas no ensino médio. É datado de 1928 e foi um dos emblemas do Modernismo. Em tupi Aba (homem); pora (gente); ú (come), então "homem que come gente". Os modernistas tinham como lema valorizar tudo que era nosso e "comer" a cultura estrangeira (até hoje, penso que Lima Barreto seria muito aplaudido na Semana de 22). Bela proposta, mas acho que muitas delas caíram por terra, a meu ver. Já tem tempo que valorizamos tudo que é de fora. Claro, os turistas são bem vindos e temos que estar abertos ao intercâmbio cultural. Porém,  o brasileiro tem uma visão de desvalorização já arraigada. Se ouvimos dizer que fulano estudou fora é um: "Oh! que maravilha!", se ouvimos que beltrano foi pra fora

As olimpíadas e o narcisismo

Os jogos olímpicos estão aí, acontecendo na cidade do Rio de Janeiro, minha cidade. Gosto muito de esportes, de assistir, torcer e me retorcer... Acho que seria uma boa esportista se na juventude tivesse tido oportunidades. Certamente seria daquelas que dão o sangue, literalmente, pra defender a camisa verde e amarela. No geral sou assim para muitas coisas, sou passional, ansiosa, visceral, sou dedicada por coisas que acredito e perfeccionista, só que a vida me levou para outros rumos e no fundo bate até aquele famoso "se", mas nem tudo é o que queremos... Por outro lado o início das olimpíadas me fez refletir um outro lado da condição humana: o ego. Como um atleta de alta performance trabalha a condição egóica? Como deve ser trabalhar a derrota dentro de si? E quando você é um atleta de sucesso e de reconhecimento mundial, como fica sua condição narcísica? E penso que não seria somente os atletas a terem que trabalhar com isso, mas todos aqueles que lidam com as atençõe

Paraty

Estive num lugar muito especial esses dias: Paraty.  Paraty é uma cidade que fica ao sul do estado do Rio de Janeiro e é uma cidade bem badalada. Todos já ouviram falar da cidade, principalmente por conta da Flip. Paraty leva esse nome por conta dos seus alambiques de cachaça. Antigamente a palavra paraty significava cachaça então o nome pegou. Porém, eu conheci Paraty por um outro prisma.  Estive em Paraty à trabalho. O mais legal de você conhecer uma cidade é conhecê-la por conta do fator histórico, por conta das igrejas antigas que existe numa cidade (onde há igreja há história) e por conta  de seus moradores. Paraty é um misto de tudo isso e mais um pouco. É uma cidade bonita, preparada para receber turistas, simpática, romântica e muito mística. Conheci Paraty andando por suas ruas (quando tinha tempo), falando com sua gente e escorregando nas pedras das ruas. Não há quem não dê topada e não escorregue naquelas pedras, quem anda sem tropeçar e sem escorregar são só os cai

Dafne, Nise e Adelina

Nem sei como vou começar esta postagem... Há muita coisa acontecendo em minha vida, acredito que renderia um bom filme... Há dois dias fui acompanhar minha mãe numa consulta oftalmológica no Hospital Pedro II. O hospital fica localizado no subúrbio, no bairro do Engenho de Dentro. Ficou conhecido como um hospital psiquiátrico, na verdade, ele é mais conhecido pela importância da Dra. Nise da Silveira. Hoje há uma política antimanicomial, onde visa a reintegração dos internos com suas famílias. Porém, isso é um pouco controverso e dá muita discussão sobre a veracidade dessa política. O caso é que o hospital está em ruínas e ainda existem muitos pacientes lá. Com muito esforço, médicos e terapeutas ainda o mantém funcionando. Se restaurado, o hospital ficaria lindíssimo pois ele parece uma chácara.  Acredito que a maioria dos brasileiros conhecem ou já ouviram falar da Dra. Nise da Silveira, inclusive recentemente, saiu um filme a respeito dessa grande mulher que revolucionou o

A glândula pineal e o Olho de Hórus

Sempre gostei de pesquisar sobre muitas coisas, principalmente se eu estou envolvida de alguma forma com determinado assunto. E a espiritualidade é a bola da vez, na verdade, sempre foi, só que agora tem aflorado ainda mais. Quanto mais me aprofundo sobre algo, mais a vida vai me levando... Cheguei na glândula pineal. A glândula pineal ou epífise é uma pequena glândula endócrina localizada perto do centro do cérebro, entre os dois hemisférios. Conectada aos olhos através dos nervos. Produz melatonina que promove o ritmo diário de luz e escuridão, com isso ela é reguladora do sono. Também é reguladora de outras glândulas dentre elas está a hipófise. Ela tem o tamanho de um caroço de ervilha. Se fizéssemos um corte cerebral ela estaria localizada entre os dois olhos e na direção abaixo da moleira. Em algumas pessoas a pineal apresenta cristais de apatita. E segundo alguns médicos quanto maior o número de cristais maior a capacidade de captar ondas eletromagnéticas. Acho válido um ap

O mármore e o meu Anjo Interior

Existem coisas que precisam acontecer comigo e eu venho tentando entender mais a respeito. Numa ida ao shopping vi uma banca de determinada livraria com saldos de livros. Como gosto muito de ler e ler em papel resolvi dar uma conferida. Depois de examinar os livros meus olhos encontram a escultura de Davi na capa de um deles com um título bastante curioso: O Anjo Interior: os segredos de Michelangelo para que você siga a sua paixão e encontre o trabalho que ama". Pronto. Pirei! Fui até a vendedora perguntei o preço e custava menos de cinco reais. Isso aí, menos de cinco reais. Na boa, ele tinha que ser meu, pois era o único exemplar. Ao chegar em casa comecei a ler e do período da tarde até a noite já tinha terminado. É uma leitura que apesar de gostosa é muito densa. Tudo o que a gente precisa, pelo menos eu, encontrei ali naquelas páginas. O autor, Chris Widener, através da escultura Davi de Michelangelo vai nos dizendo que seu "anjo interior" tá mais perto do qu