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Animais fantásticos e onde habitam

Fui assistir ao filme Animais fantásticos e onde habitam. Assisti a toda saga Harry Potter e adoro. Então, como não assistir a um filme de J.K. Rowling? Se ele é ou não um filme pré Potter não sei. Sei que tem muitos efeitos fantásticos e o talentoso Eddie Redmayne (Garota Dinamarquesa).

Não vou especular sobre a saga Harry etc, mas o que pretendo nesta postagem é atribuir uma simbologia no filme em si. Sempre gostei de símbolos e suas representações, minha vida foi cheia deles e ainda é. O filme de J.K. não poderia ser diferente. Apesar dos grandes efeitos que a projeção 3D proporcionam, o que está no filme perpassa o tempo e continua clássico: são os valores humanos e a eterna luta entre bem e mal. O Sr. Scamander (Redmayne) com sua bondade e certa inocência consegue além de proteger os animais fantásticos que vivem no mundo mágico combater e desmascarar o mal, na verdade, consegue revelar a verdadeira índole de um ministro da magia levando-o a prisão. No filme aparecem a questão da aproximação de "trouxas" (humanos) e bruxos por pura empatia e pela semelhança de bons valores; fala da convicção daquilo que é certo e verdadeiro; fala da tolerância e intolerância; da amizade; das máscaras que utilizamos para com outras pessoas; dos interesses pessoais e interesses coletivos... porém o que mais me chamou a atenção foi já quase no fim do filme, a cena em que mostra o lado bom (Sr. Scamander) e o lado mau (Colin Farrell - Sr. Graves) dialogando com o bruxo (Ezra Miller - Credence) que carrega um "obscurus" dentro de si. O que acontece com esse bruxo não vou contar, mas vale o filme. Além disso quero ressaltar a cena da grande ave que faz através da chuva provocar a magia de esquecimento dos "trouxas". Interpretei a chuva como elemento simbólico de limpeza de toda uma cidade arrasada pela força do mal e apagamento do fato. Água que limpa e reconstrói a vida. Existe outra cena fantástica que é a dos aurores que criam um campo magnético protegendo trouxas da batalha entre os bruxos (recurso para nos dizer que nós criamos nosso campo magnético e atraímos o que queremos). Somos aquilo que magnetizamos. A nossa índole é a grande mola pra nossa vida. J. K. ainda aborda que mesmo com todos os obstáculos do "herói", ele vence, ou seja, o mal perde. 

Para quem gosta do gênero, acho que vale a ida ao cinema. Os atores são ótimos, os efeitos idem e talvez seja uma cisma, mas vi muitos trejeitos da "Garota Dinamarquesa" ainda impressos no Redmayne. Eu como sou fã da saga Harry, já pensei nos outros filmes e fiquei matutando quem é parente de quem...

Ah, gostaria muito de ter uma varinha mágica para poder sacá-la em muitos momentos!

Até!

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