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Mostrando postagens de 2020

Exemplar?

 Oi galera!  Ando sumida, mas hoje vim aqui relatar a vocês que acabei de ver A garota exemplar . Filmaço! O filme é de 2014 e conta com a grande interpretação de Ben Afflek e a talentosíssima Rosamund Pike. Ela deu um show ao interpretar a mulher dita completamente exemplar, mas que no fundo faz de tudo para incriminar o marido porque a relação está tediosa, enfim, uma psicopata. Pike, no filme, não tem nada de frágil se compararmos com o seu papel em Orgulho e Preconceito .  O filme é um belo teste para nossa capacidade de pré julgar ou de estereotipar alguém ou alguma situação. Sempre digo aqui que a missão da arte é nos causar desconforto. Ela nos faz pensar e acessar algo em nós que talvez não esteja funcionando bem. A partir daí faremos nossas escolhas. Aí me peguei pensando: O que é ser exemplar? E de como essa conduta nos faz críveis aos olhos dos outros, pois, querendo ou não, vivemos sob o olhar do outro. Quantas situações são encenadas para demonstrar uma imagem irreal? Quan

Maudie

Olá pessoal, Vocês diriam que uma mulher franzina, sofrendo de artrite, fora de qualquer padrão estético estabelecido, dada como incapaz, certamente, ao longo de sua infância e juventude, sofreu sérios ataques preconceituosos e teve a filha vendida ao nascer, conseguiu pintar e ver a vida com tanta sabedoria, beleza e humildade? Pois bem, essa pessoa existiu: foi a pintora Maud Lewis. Maud Lewis nasceu em 1903 e morreu em 1970. É considerada uma pintora folk (folclórica). Nunca saiu da Nova Escócia, Canadá. Casou-se com um peixeiro, Everett, que foi seu grande companheiro. Suas obras tiveram reconhecimento mundial nos anos 60 e inclusive tendo como cliente o presidente Nixon.  Não vim contar neste texto a vida e obra da Maud porque isso tem aos montes, e sim, considerar a respeito do belíssimo filme de 2016 que acabei de assistir: Maudie: Sua vida e sua arte . Sally Hawkins  ( A forma da água  entre outros )  dando corpo, voz e trejeitos impecáveis a protagonista. O galã

O que será?

 Olá pessoal! Isso tá acontecendo com vocês ou só comigo: as fases do isolamento social? Já passei por todas as fases: faxina geral na casa, desde limpar as janelas até os lustres; fazer exercícios adaptados; maratonar séries; reler livros; reler textos da pós-graduação; meter o pau no Governo (aliás isso nunca passará enquanto essa corja estiver no poder); tuitar; assistir lives; cortar o meu próprio cabelo; tentar meditar; fazer crochê; rezar; tocar tamborim; fazer vídeos (novidade para mim); enfim, tentar me manter ocupada para não pensar, mas tudo em vão, porque me pego pensando sempre! Nada disso citado resolve a angustia que carrego comigo. Muitas dessas atividades já não faço mais, só persisto com algumas, porque as outras não supriam o buraco, a falta... Nosso momento atual tá complicado de aturar, de engolir, de digerir...  Quem me acompanha por aqui sabe que este local é meu momento de catarse, de expor minha visão do mundo. Escrever e ler são atividades solitári

Sérgio

Outro filme visto e a quarentena bombando. Hoje foi a vez do filme Sérgio . Filme sobre o diplomata Sérgio Vieira de Mello que morreu numa explosão na sede da ONU no Iraque em 2003. Não preciso dizer que o filme é belíssimo. De uma sensibilidade incrível. Ouso dizer que Sérgio era um humanista. Claro toda obra de ficção tem suas liberdades poéticas e estéticas, mesmo com tudo isso, o filme é belíssimo, sobre as peculiaridades de como um estadistas devem ser diante de problemas mundiais.  Sérgio foi um alto comissario da ONU e me veio na hora o pensamento: Porque a ONU não se intromete nesse problema do Covid? Acho que é hora de um Organização com essa respeitabilidade, lutar por nós, seres humanos que estamos nas mãos de estadistas insanos, entregues. Sei que a ONU é apartidária, porém, nesse momento acho que estamos precisamos pelo menos de um colo humanitário. Linda interpretação de Wagner Moura. Todos precisam ver esse filme! Pelo menos quem se importa com o outro. Eu já di

Notas de... Medo

Oi pessoal, Acabei de assistir Notas de Rebeldia . Filme sobre um rapaz negro, da periferia americana cujo pai, com suor de anos de trabalho, é dono de um restaurante bem estabelecido no sul dos Estados Unidos. Porém, seu filho, seu herdeiro, quer ser sommelier e a partir daí a trama se desenvolve. O filme aborda todos os aspectos de preconceito, relação familiar, perda, enfrentamentos de estereótipos e o enfrentamento do medo. Largar o legado da família ou seguir seu sonho? O filme tem uma trilha sonora fantástica, mistura hip-hop e soul music . O filme acerta em colocar a degustação de vinho, coisa refinada e complexa, com a memória afetiva do personagem. O personagem degusta o vinho de acordo com as características da mãe já falecida, ponto em destaque no filme. Por que estou falando nisso? Porque estou com medo e nesses tempos de distanciamento social, muita coisa vem rondando minha cabeça: coisas que poderia fazer e não fiz, lugares que fui, ou ainda não, atitudes que tom

Uma coroa em várias cabeças

Estamos passando por um momento muito difícil no mundo enfrentando essa pandemia cujo vírus têm espinhos em forma de coroa, talvez  por isso o nome "Corona". O certo é que esse ser microscópico está ferrando com todo o mundo! E pelas previsões a situação tende a piorar. Confesso que estou apreensiva e muito temerosa pelos dias que virão. Isolamento, confinamento, pânico... nosso país já é cheio de problemas em diversos setores. Já enfrentamos a geosmina e agora mais essa! Nossa economia tende a entrar em colapso e se o desemprego já era crescente depois que esse caos passar, e se passar, será pior...  O que me aflige na verdade é a falta da empatia com o outro. Somos egoístas, o combate a esse vírus tem se dar no coletivo, mesmo assim, ainda tem gente que só pensa no seu umbigo. Penso muito nos desvalidos, nos moradores de rua, nos usuários de drogas, naqueles que tem o lixo como sua única fonte de alimento, nos catadores de lixo, naqueles que não podem tomar um ban

Messiah

Olá pessoal, voltei! Mais uma vez uso este espaço para discorrer sobre uma séria espetacular: Messiah.  Hoje a postagem será um convite a pensarmos de como seria a nossa reação e a do mundo se o "enviado por Deus" voltasse. Reflexão tensa em tempos sombrios. Será que hoje estaríamos preparados para isso? Será que a gente acreditaria nele? Como o reagir a um homem dizendo-se filho de Deus, em meio a tantos Messias, falsos profetas ou vendilhões do templo? Duro né? Pois é, a série nos promove inúmeras reflexões... Como em pleno século XXI receberíamos um homem, de cabelos compridos (meio desgrenhado), usando jeans, tênis, que medita, quase não come, onde, na maior parte do tempo, seu semblante é sereno e que nunca altera a voz... cuja fala é sempre para as pessoas olharem internamente e tentar encarar seus pecados e perdoá-los? Se analisar o todo da série, ela se parece com inúmeros livros de auto-ajuda que estão por aí e de milhares de coaches da moda! Mesmo assim,

Spin Out

Olá pessoal! Andei sumida, mas logo que posso venho aqui compartilhar algo com vocês.  Acabo de ver a série Spin Out . Adorei! Não vou dar spoiler, não mesmo... mas o tema da série não envolve só patinação no gelo é muito mais. A série comporta muita reflexão. Ela é o verdadeiro corte na carne feito pelas lâminas dos patins. Aliás, ultimamente, estamos levando muitos cortes que nos provocam uma verdadeira hemorragia. A pressão em sermos perfeitos o tempo todo; em não podermos ter um minuto de descanso; competitividade, belezas corporais a serem alcançadas; técnicas e mais técnicas; a melhor roupa, a melhor aparência...  O que mais sangra na série é o que está na vida real: pessoas com transtornos psíquicos aparentes ou "mascarados" por não poderem demonstrar suas fragilidades e o preconceito racial que aparecem de forma subliminar. O nível de profundidade dos dramas de cada personagem é muito bem colocado.  Sugiro que vejam Spin Out . Eu já quero a segun