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Mostrando postagens de janeiro, 2017

Oxóssi-Odé

Era uma vez um rapaz ágil que vivia com sua mãe e com seu irmão. Esse cultivava o campo, aquele trazia a caça. A casa deles era farta, porém, sua mãe tinha maus presságios e foi consultar um grande oráculo. O oráculo disse que proibisse seu belo filho, o caçador, de ir para a floresta caçar, porque o Rei da floresta, o conhecedor dos segredos das folhas, poderia o aprisionar. A mãe disse ao filho que não fosse mais a floresta. Ele por sua vez, muito senhor de si, rejeitou os apelos da mãe e continuou caçando na floresta. Um dia, o jovem rapaz encontrou o Senhor da floresta, esse lhe deu uma bebida que o fez perder a memória. Com isso, o caçador ficou morando na mata. O irmão que cultivava o campo, não se conformava com o sumiço de seu dileto irmão e foi a sua procura. Não descansou em sua procura. Tanto fez que o achou. Trouxe, finalmente, o irmão para casa, porém, a mãe, brava, não perdoou o filho desobediente e não quis mais recebê-lo. O jovem caçador voltou para a floresta onde mor

Bauman

Zygmunt Bauman morreu ontem. Filósofo polonês radicado na Inglaterra foi um dos grandes pensadores do século XX. Pensou a sociedade como um todo e difundiu a tese de que tudo na modernidade é líquido. Não sou uma expert em Bauman, mas li dois livros dele: Modernidade Líquida e Amor Líquido . Acho fundamental qualquer ser inserido numa sociedade, ler Bauman. E seu conceito de liquidez está muito atual. Se alguém quiser conhecer mais um pouco é só ler seus livros e assistir ao que falam sobre ele no youtube. Vivemos numa sociedade líquida, onde hoje tudo é descartável, nada permanece. Tudo que envelhece não serve, tudo que dura é chato e precisa ser trocado. As relações são assim, casa-se pensando em separar, namora-se pensando nas outras (os) que vão deixar de "pegar". E aí se a relação tá meio lá meio cá, "pula-se uma cerca" para sair da mesmice, mas não há espaço para conversar, para uma terapia de casal, para crescer juntos enquanto seres humanos, enquanto pe

Mudar para melhor

Amanhã faz uma semana que o ano mudou. E esta é a minha primeira postagem de 2017.  Na verdade eu tenho uma lista de coisas que quero que aconteçam neste ano para mim. Vou revelar apenas uma: que eu continue ampliando a minha forma de olhar o mundo. Não quero ficar empedrada.  Existem pessoas que passam por tantas coisas na vida e tiram inúmeras lições positivas a respeito daquilo que passaram e mudam (para melhor). Pois não há como passar por coisas tão sérias e continuar sem enxergar um palmo diante do nariz. Essa semana me disseram para ser menos reflexiva e mais focada. De fato tenho um problema sério em ser focada, sou geminiana, ora bolas. A minha reflexão serve para que eu questione meu modo de ver o mundo, as pessoas e a mim mesma. Fico muito chocada quando converso com alguém que passou por uma fase difícil na vida e a pergunto: O que mudou na sua vida, no seu modo de ver o mundo? O que aprendeu com isso? Aí a pessoa titubeia e não sabe o que responder... É sinal que