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Mostrando postagens de outubro, 2016

Apenas algumas considerações

Já estamos no final do décimo mês do ano e indo para o décimo primeiro. As reflexões surgem e não param de pipocar. Tem sido um ano muito difícil pra mim e aqui é o lugar para colocar meus fantasmas, fazer minha terapia. Externar algumas coisas, compartilhar neuroses, o meu estar no mundo, contribuindo para a minha catarse e o autoconhecimento. Por isso, sou adepta da terapia e da terapia de conhecer gente!  Sempre quando converso com alguém aprendo um pouco sobre mim e sobre o mundo. Uma das coisas que descobri mais severamente este ano é que existem toda a espécie de gente, inclusive as más. Óbvio que nunca fui uma pessoa inocente a ponto de confiar cegamente em alguém e sei que o ser humano tem um lado perverso, porém, existem pessoas que, de fato, são más e ardilosas. Pessoas que realmente invejam o que é do outro e são capazes de fazer de tudo para conseguir a qualquer custo o que não lhes pertence. São pessoas capazes de descer até o mais baixo da condição humana e se submeter a

Easy Rider

Na postagem passada falei sobre música e músicos.  Neste, também falarei sobre música. Agora é a vez de Born to be Wild , tema do filme Easy Rider (Sem destino) de 1969. O filme foi um estouro. A sinopse é bem fácil de saber na net. Basicamente é a história de dois homens que, após a venda contrabandeada de drogas, saem pela estrada rumo a Nova Orleans. Filme considerado marca de uma geração o qual aborda vários assuntos. Na postagem passada falei que tinha um sonho de ser mãe solteira e sair sem rumo pelo país a bordo de um jipe. Os personagens viajam a bordo de uma Harley Davidson. A música do filme, Born to be Wild , é um clássico, acho que todos em algum momento já a ouviram... Pois bem, eu adoraria sair sem destino por aí, mas não faria nada ilegal para conseguir os meios de bancar essa viagem... acho que o grande ponto tá aí. Hoje prega-se o aproveitamento da vida em tempo integral. vamos viver, vamos viver!! Vamos "deixar a vida levar", vamos aproveitar tudo o que t

Bruce Springsteen

Acho que todo artista deveria se engajar numa causa. Pra mim ao escolher profissões voltadas para as artes você deveria quase que obrigatoriamente ser engajado com algo. Arte é vida, é pensamento, é revolução. É não alienar-se, é empatia, é colocar-se no lugar do outro, é não se omitir, é profissão de fé... é não ficar em cima do muro, é ter uma visão de mundo... Não sou artista, gostaria muito de ser... Não sei cantar, nem tocar nenhum instrumento, não sou musicista, pintora, poetisa, não sou poliglota, não viajei mundo, mas sempre gostei de ler e tenho como minha profissão de fé a escrita e a observação. Gosto de gente e conversar com gente que me acrescenta. Quando era garota, mais pra adolescente na verdade, achava que iria ser uma mulher que comandaria alguma revolução. Andava com uma fitinha verde e amarela pendurada na mochila e um dos motivos por fazer Literatura Brasileira era pra "defender" tudo o que era brasileiro, muitas utopias que com o tempo vão se ajusta

A menina e a janela

Era uma vez uma menina que sentada no batente azulejado da janela contemplava o entardecer... Essa menina dobrava as pernas e com os braços abraçava os joelhos e deitava a cabeça sobre eles. Cena de filme. A janela era do seu quarto, era num subúrbio distante...  O que pensava essa menina todas as tardes? Talvez na sua vida futura ou mesmo na beleza dos passarinhos comendo as amoras. A menina adorava as chuvas de verão (sol e chuva casamento de viúva/chuva e sol casamento de espanhol) e o lindo arco-íris que se formava depois. A menina adorava tomar banho de chuva e do seu batente ver os pingos da chuva caindo nas poças formando inúmeros círculos. A menina adorava sentir o cheiro de terra molhada quando começava a chover em seu quintal. Mas ela sempre estava ali sentada no seu batente. Ela pensava, acredito eu, em grandes coisas que pretendia fazer quando fosse dona das suas pernas, pensava em conhecer mundo, pessoas, olhava muito para o céu e desconfio que ela gostaria de descobr