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Mostrando postagens de julho, 2011

Violinos amantes

Ladies in Lavander é um filme inglês de 2004 que no Brasil recebeu o nome de O violinista que veio do mar . Porém o post de hoje não é sobre o filme e sim a música de Nigel Hess chamada Fantasy for Violin , interpretada pelo solista Joshua Bell. Minhas impressões a respeito da composição de Hess são restritas ao meu campo imagético e imaginativo. Não tenho intenções de tecer nenhum comentário técnico, até porque, não me sinto capacitada para tal. Assim que ouvi a música veio a imagem de dois amantes num tribunal cujo amor estava sendo colocado à prova por seus algozes. A composição inicia-se com violinos (defensores) dizendo “não” a um oboé juiz da sessão. Novamente os defensores argumentam com o juiz oboé pelo jovem violino que dada a palavra começa sua defesa. Ao fundo violoncelos algozes marcam o compasso do jovem amante. Junto a ele seus defensores ajudam nos argumentos. O oboé juiz questiona sobre a veracidade de seu amor. Prontamente, o jovem violino responde fazend

Peeling de Diamante

Outro dia numa sala de espera, ouvi o esbravejar de uma mulher ao telefone querendo fazer com que o pelling de diamante de sua clínica de estética vendesse mais do que o da concorrência. Seu anúncio deveria sair urgentemente num desses sites de compra coletiva. Queria “matar” a concorrência. Não tenho a menor noção do que seria um peeling de diamante, mas acredito que seja algo realmente capaz de fazer milagres, haja vista, o total destempero da proprietária da tal clínica. E tomando parte uma famosa frase de Marilyn Monroe, o peeling de diamante deveria de fato ser o melhor amigo da mulher a qual se propusesse fazer. O mundo competitivo está aí. A competição move o mundo ou o mundo move a competição? Não sei. Parece que a cada minuto temos que ser melhores. Melhores profissionais, melhores alunos, melhores pais, melhores filhos, ter a melhor roupa, melhor pele, melhor cabelo, o melhor preço, melhor, melhor, melhor... Fiquei muito chocada com a arrogância e a falta de educação

Vale o quanto pesa

Vale quanto pesa era o nome de um sabonete que existia quando minha mãe era criança. Grande, de formato oval, rendia bastante, valia o preço pago. Era uma economia para famílias numerosas. Numa reflexão bem simples e rasa veio-me a pergunta: Será que temos coisas em nossas vidas que “valem o que pesam”? Existem coisas as quais acumulamos que nos pesam, mas nada valem, ou que valem, mas não têm peso algum. Eu tenho em mim muitas coisas que pesam, algumas valem outras não. A minha saudade, por exemplo, “vale o quanto pesa”. Tenho inúmeras saudades: da minha infância; dos meus entes queridos que já se foram; saudade de algumas bonecas; de alguns desenhos; de lugares onde estive; de momentos vividos; de vozes que ouvi; de filmes; do pastel da D. Isaltina, enfim, tudo o que me marcou e que foi capaz de me causar um suspiro ou provocar um sorriso. A saudade é um sentimento tão diverso e ao mesmo tempo único. Tem uma potencialidade imensa. Senti-la é como uma explosão. A sau

Storms in the Africa

Enya é uma cantora, compositora e instrumentista irlandesa cujas músicas já fizeram parte de trilhas sonoras de alguns filmes. Suas músicas vão do clássico ao new age e tiveram muita projeção nos anos 80 e 90. Seus álbuns venderam milhões e até hoje é considerada a artista solo que mais vendeu. O que me interessa neste post não é falar sobre Enya, e sim sobre duas músicas contidas no álbum Watermark : Storms in the Africa e Storms in the Africa pt 2 . Já falei num post que ao ouvir determinadas músicas, as visualizo. Associo o som dos instrumentos a imagens. Como se fosse uma fotografia, ou melhor, um filme. Com Storms in the Africa não foi diferente.  A música inicia com que me parece um instrumento de cordas de som abafado, depois há uma crescente e surge uma voz. Em dado momento há um rompimento e novamente inicia-se o instrumento de cordas junto a tambores (tímpanos talvez) e a voz. Sempre evoluindo, evoluindo, até o ponto que há a pausa definitiva. Storms in the Africa