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Mostrando postagens de abril, 2011

O Clube dos Cinco/ The Breakfast Club

Quando assisti ao filme Clube dos Cinco (The Breakfast Club) pela primeira vez era uma criança. Tinha lá pelos oito anos, era 1989. De cara me encantei pelo personagem bad boy John Bender interpretado pelo charmoso ator Judd Nelson. Depois na adolescência assisti ao filme novamente numa dessas Sessões da Tarde e já tive um outro olhar sobre os personagens e o todo do filme. Recentemente o filme passou num canal à cabo e, mais uma vez, o assisti. Hoje, já tenho a noção do que representa e representou. Marcou época. A história básica do filme é: cinco jovens ficam de castigo por oito horas num sábado na escola. Eles têm como tarefa escrever uma redação com 1000 palavras sobre como se veem. É daí que o filme parte para uma viagem intensa, dramática e comovente. Cada jovem tem uma história diferente de vida. Estereótipos são representados e marcados: o atleta da escola (bonito e valentão); um “nerd”; uma jovem que, segundo caracterização do filme, é “um caso perdido”; uma princesa (o

O sabão em pó e o ovo de páscoa

Sei que a Páscoa é só no domingo, mas em virtude do feriadão, resolvi postar logo. Recorro ao meu baú da memória e eis que surge uma crônica que escrevi em 2007. Ei-la: O SABÃO EM PÓ E O OVO DE PÁSCOA ( Luzia Rocha - 02/04/2007) Nesta cidade de São Sebastião há coisas que acontecem sem a força dos nossos desejos. Como diria Shakespeare: "Há mais coisas que acontecem entre o céu e a terra que sonha nossa vã filosofia". Estando eu na rua do meu subúrbio munida de uma sacola de compras, extasiada por ter adquirido uma nova marca de sabão em pó, quando um casal com seus três filhos passam por mim. Roupas simples, sorriso sincero, olhos a transbordar felicidade, ternura e amor, vão de mãos dadas. As crianças, em idades próximas, seguram, satisfeitas, o pequeno embrulho oval de papel laminado. Seguram-nos com a força que suas permitem. Os pais fitam-nas, contentes pelo dever cumprido. Acompanho-os visualmente até se misturarem à multidão. Logo sou distraíd

Poesia 1

Olá a todos!  Saúdo-os, nesta segunda-feira, com outra poesia de Lya Luft. Espero que gostem.  REVERBERAÇÃO (Lya Luft) O destino trama os dias e desfaz o sonho: demarca meus contornos, partes disso que sou e serei. Quem sabe desejei demais: milagres não me bastaram, mas quando eu quis ser rainha fui simplesmente humana. A voz da vida insiste, chama para o que salva ou desatina: nem sempre a entendi. Palavras buscam sentido para o que fiz, falhei, conquistei e perdi - ou que me abandonou  nalguma esquina. (Talvez eu precisasse é dos silêncios.)  

O guardador de rebanhos

Abro aqui um parêntese na poesia de Lya Luft, para falar de outro poeta: Fernando Pessoa. Tive o prazer de ir à exposição sobre Fernando Pessoa no Centro Cultural dos Correios em cartaz aqui no Rio. Na época da faculdade ao estudar literatura portuguesa, descobri um poeta solitário e de múltiplas facetas. Onde a metafísica o inspirou. A exposição dos Correios faz um belíssimo panorama da vida e das obras do poeta português. Logo na entrada traz um conjunto de uma mesa com duas cadeiras e sobre a mesa, um exemplar da revista Orpheu, marca do modernismo português, onde foi um dos colaboradores. Depois, boxes interativos com as poesias dos principais heterônimos (Bernardo Soares, Ricardo Reis, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, além do próprio Pessoa). Em outra sala, vídeos e um painel interativo com o mar que tanto fascina os portugueses e na areia é escrito mais poesia. Mais a frente em outro ambiente, as poesias são narradas e espelhos fazem uma brincadeira, parecida c