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Mostrando postagens de agosto, 2011

Aluga-se uma quitinete moderna

Vi uma placa presa a um poste na qual dizia: Aluga-se uma quitinete moderna. O que seria uma quitinete moderna? Seria uma quitinete reformada? O que caberia numa quitinete além de uma geladeira, um fogão e um microondas?   Espaço, todos queremos um. O ser humano é um ser espaçoso por natureza. A famosa frase: “não invada meu espaço”, não deixa dúvidas de como é importante o espaço para o homem. Não se deve invadir, usurpar o espaço alheio. A pena máxima quando alguém comete um ato infrator grave é a prisão, o confinamento. Restringe-se o espaço. O espaço também é restrito numa quitinete. Alguns moram por necessidade, outros por economia, outros para exercitar sua independência, outros pela comodidade, entre outros fatores. Mas não existe a perda da liberdade. Pelo contrário, há uma liberdade em demasia.   Cada quitinete adquire o formato de seu dono. Aí a identidade da quitinete. Pode-se ter uma televisão pouco usada, uma sapateira velha, livros e cds empilhados, p

Disparate de medo

Recentemente vi uma gravura de Francisco de Goya, chamada Disparate de medo . A gravura mostra soldados aterrorizados daquilo que parece ser um fantasma. Disparate é algo destituído de razão, um despropósito, um absurdo.   O soldado com sua “falta de razão” deixa que o medo tome conta transformando aquilo que é pequeno na sua realidade, em algo gigantesco. O medo tem a façanha de se travestir habilmente. Ele tem o aspecto que nossa mente é capaz de idealizar. Mas ter medo é completamente normal. Ele nos é inerente. Eu tenho alguns medos. Medos que se agigantam e ousam tomar forma. Ter medo é louvável, ruim é não ter medo. Será que meus medos me fazem cometer disparates? Ou os meus disparates me impulsionam a combater o medo? Acredito que a saída de “combater” o medo, seria tirar as vestes que o torna gigante, bater um papo descontraído e fazer um acordo de boa convivência, para que eu, mesmo acuada, não fuja. (Francisco de Goya - 1815)            

O Leitor

Como minha semana será corrida, compartilho com vocês um texto que escrevi em setembro de 2009. Desejo uma semana de muita leitura. O Leitor (20/09/2009)          Assisti ao filme O Leitor , baseado no best-seller de Bernhard Schlink, esta semana. Apesar de já ter lido críticas a respeito, o assisti sem muita pretensão.  Confesso que não chorei. Sou uma manteiga derretida e tenho um método particular de crítica: o filme que em mim provoca o derramamento de lágrimas cumpre o seu papel (provoca a catarse) aí, considero-o bom. O Leitor foi um caso à parte, não verti uma lágrima sequer, porém, nem por isso o filme deixou de cumprir seu papel. A história se passa em Berlim no ano de 1959 e o enredo é basicamente este: um garoto de 15 anos descobre a vida sexual nos braços de uma jovem senhora que em troca o pede para ler histórias em voz alta. O garoto passa a ir à casa da jovem senhora todos os dias após a escola exercitar seu sexo e ler. Os encontros ocorrem durante o verão

Questões a meditar

A cada dia tento me tornar uma pessoa interessante. Interessante é aquele, segundo Houaiss, que provoca interesse de, a curiosidade de. Mas também quero ser interessante pra mim. O meu interessante é diverso. Interessante é a forma como eu me conscientizo dos erros cometidos, das minhas fraquezas como ser humano, da minha imperfeição, até porque, não sou uma máquina. Sou um ser. Articulo o pensamento e isso me dá grandes chances de cometer erros e alguns prováveis acertos. Venho aprendendo a cada dia que a grande força é saber quem somos. É saber meditar e até mesmo medir palavras e atitudes. Isso é evoluir, é caminhar pra frente. A ignorância nos cega, mas a partir do momento que você se esclarece, não se pode mais dar voz a ignorância. Não é fácil. È um exercício diário, intenso, árduo, estafante e exige uma demanda grande de força de vontade. Reconheço meus medos; anseios; minhas lágrimas (e como são belas); minha rispidez em determinados momentos; minha vaidade; minha