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Mostrando postagens de setembro, 2010

Cosme e Damião

Hoje é dia de Cosme e Damião. É dia de festa. É dia de criança nas ruas. Cosme e Damião eram irmãos gêmeos ou de idades bem próximas (segundo alguns historiadores). Médicos, tratavam dos doentes gratuitamente e ficaram conhecidos pelas suas curas extraordinárias. Nasceram na Arábia e foram martirizados na Cilícia (Ásia Menor), no dia 27 e setembro, por ordem do Imperador Diocleciano, no ano de 287.   Durante a Renascença tornaram-se padroeiros da família dos Médicis, sendo muitas igrejas e capelas consagradas em seu nome. Na cultura nagô, mulheres que pariam gêmeos teriam sorte, prosperidade e proteção. Com isso, deveriam “agradar” ao orixá Ibeji (orixá gêmeo, filho de Iansã e Xangô) com oferendas. O nosso sincretismo religioso fez com que Ibeji passa-se a Cosme e Damião.   Quando criança, ficava contando os dias e as horas pra setembro chegar. Setembro chegando, esperava ansiosa pelo dia 27. “Mãe, amanhã é dia de correr atrás de doce?”, no subúrbio tem-se o hábito de usar a e

Primavera

É, chegou a Primavera. E junto chegam o calor dos dias e das noites, o canto dos pássaros, as flores e o céu cheio de estrelas. Primavera vem do latim prima veritas que significa a primeira verdade. É na Primavera que o sol cruza o Equador tornando igual a distribuição de luz e sombra no Hemisfério Sul. A esse equilíbrio dá-se o nome de Equinócio. Os gregos e romanos homenageavam os deuses da colheita com a chegada da Primavera. A Primavera também era um tempo consagrado ao deus Hermes – o mensageiro, o iniciador da luz, o anunciador da primeira aurora depois da escuridão do Inverno. A Primavera é o equilíbrio das forças da natureza. É o renascimento de tudo o que antes estava “morto”. Todos os dias ouço o canto do sabiá anunciando o amanhecer e o entardecer. Um lindo canto, robusto. Junto vem a sensação de esperança e nostalgia. Esperança (amanhecer), por ser mais um dia, um recomeço, o estar viva nesse mundo e as incógnitas que com ele virão. Nostalgia (entardecer), pelo di

Nasceu...

Sempre relutei em fazer um blog. Também relutei em fazer um orkut, facebook, twitter e, no entanto, tenho todos eles. “Um blog?” era a minha resposta-pergunta às pessoas que me sugeriam tal coisa. Justifico: sobre o que escreveria? O que tenho a dizer é interessante? Ou melhor: a quem interessa o que escrevo? Não seria uma exposição de vida? Diante de tantas dúvidas e questionamentos, próprios de uma geminiana, resolvi parir esse filho. O nascimento desse filho servirá para que eu tente organizar meus pensamentos, minhas ideias, tentar entender o mundo no qual estou inserida. Expor tudo o que me inquieta, que me causa conforto ou desconforto. Nunca escrevi um livro, nem plantei uma árvore e muito menos tenho um filho (só esse virtual). Apenas escreverei sem nenhuma pretensão. Será um exercício que poderei obter nota máxima ou não. Sou apenas uma aprendiz nesse vasto mundo. A escolha do título foi inspirada nos artigos escritos pelo filósofo Friedrich Nietzsche, Considerações E