Era para escrever só amanhã carregada da minha emoção pós cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos 2016, mas não aguentei e resolvi escrever hoje mesmo. Que coisa maravilhosa assistir ao jogos... e poder ver o quanto a gente deve acreditar nessa rapaziada!
Não teve um dia que eu não chorasse. Chorei de emoção, de alegria, de satisfação ao ver atletas tão bons, tão seres humanos competindo com muita garra e técnica. Representaram seus países com alegria e determinação, independente se as medalhas vinham ou não. Tive a oportunidade de assistir de perto uma das competições e eles são surpreendentes. E como já disse, eles são eficientes e não "deficientes", esse rótulo não cola com eles. Aliás, deficientes somos nós "normais" que choramos por qualquer batida de martelo nos dedos, por qualquer topada, por qualquer dorzinha... Eles não. Vão lá, buscam mesmo com suas limitações físicas e conseguem. Foi lindo vê-los compartilhando suas vitórias com suas famílias, seus técnicos... O que foi a bocha brasileira?! Que emoção! Agora mais medalhas com Daniel Dias solo e no revezamento, com a Joana e com a homenagem ao Clodoaldo... Que lindo minha gente! Chorei! Vejo tanta gente falar que é isso e aquilo e no final não ser bosta nenhuma... Vejo tanta gente "normal" sem caráter e tão babaca como ser humano que tenho pena... Deles eu não tenho pena e sim orgulho! A discriminação somos nós que fazemos... Discriminamos tanto que nem a TV aberta passa os jogos em tempo real. Discrimina-se aqueles que não podem ter uma TV por assinatura, então, engole-se o que tem.
Ao longo deste ano tenho aprendido muitas lições e com as paralimpíadas aprendi ainda mais. Aprendi que vale a pena ser uma pessoa de caráter; que sensibilidade ainda faz a diferença; que prestar a atenção no outro é sinal de empatia; aprendi que sou capaz de cair e me levantar; que só merece nossa atenção aqueles que se preocupam conosco e estão ao nosso lado nas alegrias e nas tristezas; que vale a pena recomeçar e o principal, mesmo levando todo o "chumbo grosso" somos capazes de "aguentar o rojão". Ah, que devemos nos valorizar, a auto-estima é tudo. A entrevista do Clodoaldo dizendo que eles não são coitadinhos, foi demais! Não somos coitadinhos... quando a gente quer alguma coisa temos que ir atrás! Ir no "bloco dessa mocidade", eu, pelo menos, quero ir... Vamos acreditar! A tempestade não vai durar para sempre!
Amanhã a cerimônia de encerramento deve ser linda, vou me emocionar com certeza. Vai deixar saudade! Que esses atletas cada vez mais apareçam, nós merecemos tê-los como nossos representantes,.. Que chovam patrocínios... O único momento triste foi o desencarne do atleta iraniano, meu pesar a família...
Como eu adoro o Gonzaguinha vou compartilhar a mesma música do post passado.
E como viver é uma eterna batalha... Vamos à luta!
Até!
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