Pular para o conteúdo principal

A glândula pineal e o Olho de Hórus

Sempre gostei de pesquisar sobre muitas coisas, principalmente se eu estou envolvida de alguma forma com determinado assunto. E a espiritualidade é a bola da vez, na verdade, sempre foi, só que agora tem aflorado ainda mais. Quanto mais me aprofundo sobre algo, mais a vida vai me levando... Cheguei na glândula pineal.

A glândula pineal ou epífise é uma pequena glândula endócrina localizada perto do centro do cérebro, entre os dois hemisférios. Conectada aos olhos através dos nervos. Produz melatonina que promove o ritmo diário de luz e escuridão, com isso ela é reguladora do sono. Também é reguladora de outras glândulas dentre elas está a hipófise. Ela tem o tamanho de um caroço de ervilha. Se fizéssemos um corte cerebral ela estaria localizada entre os dois olhos e na direção abaixo da moleira. Em algumas pessoas a pineal apresenta cristais de apatita. E segundo alguns médicos quanto maior o número de cristais maior a capacidade de captar ondas eletromagnéticas. Acho válido um aprofundamento sobre a pineal e um dos especialistas na área é o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira. Até aí acho que foi...

A apatita é um mineral do grupo dos fosfatos. Um fosfato tem o elemento químico do fósforo. Fósforo em grego significa portador da luz. A apatita tem a cor azul, é a cor mais comum. Azul segundo o dicionário de símbolos é a cor mais profunda das cores, "nele o olhar mergulha sem encontrar qualquer obstáculo, perdendo-se até o infinito" (lindo!). A cor azul é a mais imaterial das cores. Desmaterializa tudo aquilo que dele se impregna. É o caminho do infinito, onde o real se torna imaginário. A profundidade do azul tem um gravidade solene, supraterrena. Os chakras, para os hindus carregam nossa energia vital, Para eles, em nosso corpo existem sete chakras principais, e dois desses chakras estão na cabeça. Um fica na região frontal entre os olhos, chamado chakra frontal e o outro no topo da cabeça chamado chakra coronário. O chakra frontal possui a cor azul índigo, representa a intuição, a mente, a percepção das energias. O chakra coronário, tem a cor violeta e dourada é a nossa ligação com o Superior, com o Universo. Em Yorubá, Ori significa cabeça e Ori Inu significa cabeça interior. Ori é o orixá pessoal em toda sua força e grandeza. É o primeiro orixá a ser louvado, é a essência do ser que nos acompanha em toda a vida. Por isso, no candomblé, para os iniciados, há o ritual de raspar a cabeça e alimentar esse orixá através de pequenos furos feitos na moleira. E o que isso tudo tem a ver com o Olho de Hórus?!

Hórus é um deus egípcio de cabeça de falcão. Filho de Osíris e Ísis. Geralmente representado pela figura de um olho. aquele que trudo vê. Enxerga além das aparências. Seu símbolo representa proteção e poder da clarividência. Ilustra a luta da luz contra as trevas e a necessidade da vigilância, ou seja, a necessidade de "ter o olho aberto" na busca da eternidade através das emboscadas dos inimigos e através do erro. E qual a relação do olho de Hórus com a pineal e o chakra frontal?! Tuuuudoo! Quando se corta o cérebro e se vê a pineal com toda estrutura do tálamo se assemelha muito com a representação do Olho de Hórus. Tá tudo interligado. A pineal é a glândula da clarividência e há muito a ser estudada. Existem os cristais de apatita, a apatita tem a coloração azul e possui fósforo (luz) que é a mesma cor do chakra frontal. O chakra frontal é chamado de terceiro olho. Há também uma ligação da pineal e a moleira cuja localização é a mesma do chakra coronário, que nos liga ao Universo e também possui a relação com o orixá Ori... 

Vou ficando por aqui com a citação do sábio Hamlet: "Existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia..."

Eu estou colocando minha pineal para trabalhar, e você?


(Apatita)








      

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Criogenia de D. ou manifesto pelos prazeres perdidos

Como definir em palavras o que está em Criogenia de D. ou manifesto pelos prazeres perdidos do escritor Leonardo Valente? Como definir, na concretude das palavras, aquilo que senti, ouvi, elucubrei e experimentei? Tudo que escreverei pode ser uma “farsa” em vários aspectos, mas em respeito ao autor, não será. Devorei o livro em menos de um dia. Impossível “desgrudar” da leitura. Acho que a habilidade jornalística do autor proporciona isso. O livro te prende, na verdade, a história de D. Aliás, como definir D.? D. é indefinível porque é sentimento. Na verdade, D. é um trem descarrilado que vem te atropelando do inicio ao fim. D. é um atropelo. Encaro atropelo como subversivo. O livro é subversivo. Tudo o que é subversivo atrai, D. me atraiu plenamente.   O autor subverte tudo, desde a forma da narrativa até o estilo. Sou uma pessoa de símbolos e Criogenia é cheia deles. Pra mim, símbolos são as formas de expressão mais sofisticadas e antigas de enxergar o mundo, então, símbolo...

Morricone e o assovio do meu pai *

Meu pai sempre gostou de assoviar. Desde muito pequena o ouvia assoviando pela casa melodias, para mim, estranhas. Acho que o meu primeiro contato com a música foi através dos assovios e, também, das canções de ninar entoadas por meus pais.  Mas algumas notas eram recorrentes nos assovios de meu pai e só alguns anos mais tarde pude identificá-las. A melodia em questão faz parte da música tema do filme Três Homens em Conflito , ou O bom, o mau e o feio , composta pelo maestro e compositor italiano Ennio Morricone. O filme, do cineasta italiano Sérgio Leone, é de 1966 e ficou rotulado como um western spaghetti. Ter Ennio Morricone como compositor de suas trilhas era uma de suas marcas. Porém, Morricone se fez por si só independente de Leone e dos westerns . Muitas de suas composições foram eternizadas. Hoje com apenas alguns trechos melódicos identificamos o filme ao qual elas pertencem. Um filme sem uma boa trilha sonora não existe. Ele pode até ter um bom roteiro, mas sem uma...