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Mostrando postagens de agosto, 2016

A cabana

Gostaria neste momento estar num deck contemplando as estrelas acompanhada de alguém interessante e que fosse o responsável pela Criação. E que ao entrar na cabana estivesse esperando por mim outras companhias muito agradáveis e que me acalentassem a alma. E por alguns dias pudessem me dar um intensivo de como viver plenamente. Esse é mais ou menos o que o livro A Cabana  propõe. Na verdade o livro trata-se de muito mais. O livro conta a história de Mack e seu acerto de contas com Deus. Gosto de reler e rever coisas. Dessa vez foi com A cabana. A primeira vez, o li em 2008, de lá pra cá muita coisa mudou e eu também. Tô mais ou menos como Mack tentando acertar minhas contas com O Criador. Tentando compreender "A Grande Tristeza" que se abateu na minha vida. Sendo que na vida de Mack a tristeza foi pior que a minha.  Tristezas à parte, o livro é fabuloso. Sugiro a todos que leiam, independente de suas tristezas ou de suas alegrias. O livro é pra vida. O bacana é notar que

O triunfo da cor

Estou brava com Deus, sou humana e posso ficar brava com quem quiser, ainda mais com aquele que tenho intimidade. Esse post seria a escritura da minha carta bem aborrecida a Ele. A carta começaria assim: "Nem vou perguntar como está, porque estou puta contigo! Tá achando que sou palhaça?"... Se esse seria o início, imagine o final... nem queiram saber... Mas com amigo(a) a gente tem essa liberdade. Pois bem, tava eu andando pelo Centro, depois de gastar muita sola de sapato tentando as minhas vendas de crocheteira, cheia de dor na coluna, no pé e na alma, minha ebulição raivística (inventei) estava se apresentando, resolvi, então, entrar no CCBB, para minha última tentativa de venda... aí nada... Eu sei, fazer tudo com raiva é uma m... ainda mais com raiva Dele, aí não rola... Mas como estava mesmo naquele lugar lindo e que adoro, resolvi conferir no que eles tinham de exposição e aí... foi uma explosão de cor. Está em cartaz no CCBBRJ a exposição O triunfo da cor, o pós

Homem que come gente

O Abaporu está de volta ao Brasil em curta temporada no MAR (Museu de Arte do Rio). O quadro de Tarsila do Amaral está em exposição juntamente com os quadros de Botero e Di Cavalcanti.  Abaporu é um quadro famoso, estudamos ele e a cultura antropofagista dos modernistas no ensino médio. É datado de 1928 e foi um dos emblemas do Modernismo. Em tupi Aba (homem); pora (gente); ú (come), então "homem que come gente". Os modernistas tinham como lema valorizar tudo que era nosso e "comer" a cultura estrangeira (até hoje, penso que Lima Barreto seria muito aplaudido na Semana de 22). Bela proposta, mas acho que muitas delas caíram por terra, a meu ver. Já tem tempo que valorizamos tudo que é de fora. Claro, os turistas são bem vindos e temos que estar abertos ao intercâmbio cultural. Porém,  o brasileiro tem uma visão de desvalorização já arraigada. Se ouvimos dizer que fulano estudou fora é um: "Oh! que maravilha!", se ouvimos que beltrano foi pra fora

As olimpíadas e o narcisismo

Os jogos olímpicos estão aí, acontecendo na cidade do Rio de Janeiro, minha cidade. Gosto muito de esportes, de assistir, torcer e me retorcer... Acho que seria uma boa esportista se na juventude tivesse tido oportunidades. Certamente seria daquelas que dão o sangue, literalmente, pra defender a camisa verde e amarela. No geral sou assim para muitas coisas, sou passional, ansiosa, visceral, sou dedicada por coisas que acredito e perfeccionista, só que a vida me levou para outros rumos e no fundo bate até aquele famoso "se", mas nem tudo é o que queremos... Por outro lado o início das olimpíadas me fez refletir um outro lado da condição humana: o ego. Como um atleta de alta performance trabalha a condição egóica? Como deve ser trabalhar a derrota dentro de si? E quando você é um atleta de sucesso e de reconhecimento mundial, como fica sua condição narcísica? E penso que não seria somente os atletas a terem que trabalhar com isso, mas todos aqueles que lidam com as atençõe

Paraty

Estive num lugar muito especial esses dias: Paraty.  Paraty é uma cidade que fica ao sul do estado do Rio de Janeiro e é uma cidade bem badalada. Todos já ouviram falar da cidade, principalmente por conta da Flip. Paraty leva esse nome por conta dos seus alambiques de cachaça. Antigamente a palavra paraty significava cachaça então o nome pegou. Porém, eu conheci Paraty por um outro prisma.  Estive em Paraty à trabalho. O mais legal de você conhecer uma cidade é conhecê-la por conta do fator histórico, por conta das igrejas antigas que existe numa cidade (onde há igreja há história) e por conta  de seus moradores. Paraty é um misto de tudo isso e mais um pouco. É uma cidade bonita, preparada para receber turistas, simpática, romântica e muito mística. Conheci Paraty andando por suas ruas (quando tinha tempo), falando com sua gente e escorregando nas pedras das ruas. Não há quem não dê topada e não escorregue naquelas pedras, quem anda sem tropeçar e sem escorregar são só os cai