O ser humano é capaz de atingir a perfeição? Existe perfeição? Como o ser humano lida com as cobranças internas e externas? Essas são algumas das perguntas que surgem quando se assiste Black Swan.
Black Swan é o novo filme de Darren Aronofsky. È a história de uma bailarina, Nina (Natalie Portman – em mais uma brilhante atuação), que se vê diante do desafio de protagonizar o balé O Lago dos Cisnes. As pressões do diretor da companhia, Thomas (Vincent Cassel), em fazer uma nova interpretação do clássico de Tchaikovsky, faz com que Nina, desenvolva transtornos de personalidade. A bailarina fica obcecada em fazer movimentos perfeitos e assim se livrar da sua principal rival, a bailarina Lilly. O filme é uma mistura de suspense, drama e terror. O final surpreende e vale a pena assistir.
Hoje há uma febre pela “tentativa” da perfeição. Silicones, botox, lipos, competência no trabalho e nos estudos, a busca pelo par ideal, a tentativa em sermos melhores filhos(as)... todos temos um pouco de Nina. Mas a que custo conseguimos isso? Ou melhor, será que mesmo pagando o preço, a perfeição é atingida? Será que o melhor não seria aceitar que somos falhos, imperfeitos? Que por mais intensa seja a nossa busca pela perfeição é sinal de que há algo errado dentro de nós. A luta seria mais amena e talvez sofrêssemos menos. Eu sei, aceitação, palavra espinhosa. Não aceitamos facilmente a ideia de sermos seres imperfeitos ou que algo tenha fugido do nosso controle. Fantasmas que rondam nosso inconsciente fazem com que nós nos tornemos o nosso próprio inimigo.
Recomendo o filme não só pelo belo filme que é, mas também, para que nos deparemos com o nosso lado “cisne negro”.
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