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Comer, Rezar, Amar

Assisti ao filme Comer, Rezar, Amar baseado no best-seller de Elizabeth Gilbert. Traz no elenco Julia Roberts, no papel homônimo da autora e Javier Bardem, interpreta um brasileiro, Felipe, par romântico da protagonista.

O filme está bombando. Para todos os lugares que se olha está a marca: Comer Rezar Amar. Eu mesma descobri o filme antes de ser lançado nas telas através do Facebook. O filme mostra a busca de uma mulher por Deus e por ela mesma. Esse é o mote principal. Esse é o conflito do filme. Liz, termina um casamento de 8 anos, pela insatisfação com  a vida que até então levava. Liz não tinha tempo pra ela mesma. Sempre emendava um relacionamento no outro. Esse conflito interno a impulsiona a largar tudo em busca de Deus. Resolve então viajar por um ano. Primeiro começa pela Itália, lugar onde aprende a “comer”. Vejo aí a simbologia do “comer”, Liz aprendeu a ser intensa, liberar emoções, a se expressar gestualmente. Tudo na Itália é em proporções gigantescas. Come-se bem e sem culpa, fala-se muito, briga-se muito, gesticula-se muito, ama-se passionalmente, e valoriza-se a família. Liz “comeu” a Itália. Depois, ela vai para Índia, lugar onde todo o ocidente escolhe pra se encontrar espiritualmente, “rezar”. Chegando interna-se num templo, pra ver se consegue encontrar o equilíbrio. Errado. Liz descobre que a meditação já virou modismo e muitos dos adeptos nem sabem o que de fato é meditar. Muitos praticantes são, na verdade, pessoas desequilibradas e histéricas. Por fim, Liz, vai para Bali, em busca do Xamã que, há um ano, lhe prometeu, como encontrar Deus. Com toda a sua simplicidade e calma, o Xamã ensina tudo o quanto Liz, buscava. Em Bali Liz aprende realmente o que é meditar. O que é Deus. Encontra num brasileiro divorciado, Felipe, o amor. Mas ao se deparar com a questão da entrega a  esse amor, Liz se apavora e o recusa. Isto é, Liz, tinha uma prática, um hábito, em Bali e a satisfazia. Felipe vem quebrar essa prática, o seu estar bem, quando lhe propõe uma semana numa ilha somente os dois. Decide então, voltar a Nova Iorque. Ao se despedir do Xamã, este lhe diz que não se tem uma vida equilibrada sem o desequilíbrio do amor. Liz sai desesperada em busca de Felipe e decide sim atravessar o rio. Ela disse  “sim” a Felipe.

O filme é um blockbuster. Eu sei. Hoje é lucrativo usar a busca pessoal como fonte de lucro. A insatisfação pessoal virou comércio. É claro que não é preciso ir a Itália, Índia ou Bali pra encontrar o eu. Isso é um privilégio pra poucos, muito poucos. A gente tem que tentar procurar o nosso equilíbrio no meio do caos diário em que vivemos. Mas gostei do filme. Nele se encontram mensagens importantes. Bons atores, uma bonita fotografia, a trilha sonora é de primeira, ainda mais por conter duas músicas do Eddie Vedder (quem sou fã). Pra mim ele cumpriu seu papel. Lidar com sentimentos é complicado, organizar isso dentro de nós requer disciplina. Como achar o centro? Amar é o “vamos juntos” (quem for ver o filme vai saber o porquê dessa expressão). Amar é o desequilíbrio necessário. O grande lance é se a gente vai encontrar um amor que queira “atravessar o rio” conosco.

Abaixo segue um vídeo com a música Better Days do Eddie Vedder, com o trecho do filme:     


    

Comentários

  1. Eu qro ser a Liz de um Felipe (Ta, eu nao sou a Julia Roberts, mas o meu Felipe pode ser igualzinho ao Javier Bardem) rsrsrs

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