Considerar verbo transitivo direto ou indireto, vem do latim com (junto)+sidus (estrelas). Consideração vem da derivação de considerar e significa exame minucioso, apreciação, respeito, importância, atenção que se tem ou se demonstra a alguém, deferência, ponderação, opinião, observação (sobre algo), motivo, razão, causa. Enfim, muitos significados para serem pouco praticados atualmente.
Já contei aqui como surgiu a ideia do nome do blog na minha primeira postagem. Pois bem, hoje tá difícil considerar e ser considerado ou ter consideração. Antes de emitir uma opinião, os romanos analisavam às estrelas. Hoje, emitimos sem analisar ou nos omitimos. Acho omissão uma das piores coisas, se você é omisso para com alguma situação, você está sendo conivente. É o famoso "quem cala consente". Por favor, não confundam cautela com omissão. Hoje não há espaço para a "contemplação das estrelas", receio que não haja espaço nem para o "juntos". Há espaço para o self , para o Eu e não para o Nós. Só estamos em Nós quando for do Nosso interesse. A "parada" é outra hoje. Agora somos o Ter: ter poder, ter ascensão, ter dinheiro, ter casa, ter carro, ter títulos, ter bens, ter a roupa da moda, a estabilidade do emprego público, ter, ter, ter... Queremos ter O Tempo para satisfazer o nosso ego, mas estamos sem quando é para considerar. Caso você seja uma pessoa que considera, cuidado! Podem te achar um ser de outro planeta e com isso vem o medo de relacionar-se. Isso nos leva a entrada de uma Era: a do medo relacional. As pessoas estão com medo de relacionar-se. As relações hoje são frívolas. Economizamos palavras ao nos comunicarmos. Áudios longos são motivos de reclamações. Penso que os áudios poderiam virar ligações em determinados casos, muito mais fácil, né? Se levarmos o Considerar para o macro então, aí lascou. Estamos sem educação e sem saber como conviver. Descartando e sendo descartados. Nos tornamos lixos e, em muitos casos, sem reciclagem.
Aonde vamos parar? Será que nos tornamos seres desprezíveis? As "estrelas" sumiram... nem para o céu olhamos mais...
Até!
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