Pular para o conteúdo principal

Uma coroa em várias cabeças


Estamos passando por um momento muito difícil no mundo enfrentando essa pandemia cujo vírus têm espinhos em forma de coroa, talvez  por isso o nome "Corona". O certo é que esse ser microscópico está ferrando com todo o mundo! E pelas previsões a situação tende a piorar.

Confesso que estou apreensiva e muito temerosa pelos dias que virão. Isolamento, confinamento, pânico... nosso país já é cheio de problemas em diversos setores. Já enfrentamos a geosmina e agora mais essa! Nossa economia tende a entrar em colapso e se o desemprego já era crescente depois que esse caos passar, e se passar, será pior... 

O que me aflige na verdade é a falta da empatia com o outro. Somos egoístas, o combate a esse vírus tem se dar no coletivo, mesmo assim, ainda tem gente que só pensa no seu umbigo. Penso muito nos desvalidos, nos moradores de rua, nos usuários de drogas, naqueles que tem o lixo como sua única fonte de alimento, nos catadores de lixo, naqueles que não podem tomar um banho e manter o básico da higiene em dia, nos doentes mentais, naqueles que não possuem saneamento básico. 

Talvez tudo isso tenha vindo como matéria para a reflexão. O que representamos nesse mundo carregado de supérfluos, qual é o nosso papel enquanto agentes sociais? Enquanto seres humanos? Na nossa responsabilidade sobre o outro. 

Queria hoje escrever de uma forma mais alegre e otimista, mas não consigo...

Quando soube que o vírus têm espinhos em formato de coroa, lembrei de muitos personagens da história/História, mas apenas citarei dois: Jesus Cristo que teve uma "coroa" de espinhos em sua cabeça, coincidência ou não, estamos no período da Quaresma para os católicos; e a da rainha na história de Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas, onde quando contrariada, mandava sem piedade "cortarem-lhe a cabeça".

É só! Fiquem com a reflexão!

Até! 


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A glândula pineal e o Olho de Hórus

Sempre gostei de pesquisar sobre muitas coisas, principalmente se eu estou envolvida de alguma forma com determinado assunto. E a espiritualidade é a bola da vez, na verdade, sempre foi, só que agora tem aflorado ainda mais. Quanto mais me aprofundo sobre algo, mais a vida vai me levando... Cheguei na glândula pineal. A glândula pineal ou epífise é uma pequena glândula endócrina localizada perto do centro do cérebro, entre os dois hemisférios. Conectada aos olhos através dos nervos. Produz melatonina que promove o ritmo diário de luz e escuridão, com isso ela é reguladora do sono. Também é reguladora de outras glândulas dentre elas está a hipófise. Ela tem o tamanho de um caroço de ervilha. Se fizéssemos um corte cerebral ela estaria localizada entre os dois olhos e na direção abaixo da moleira. Em algumas pessoas a pineal apresenta cristais de apatita. E segundo alguns médicos quanto maior o número de cristais maior a capacidade de captar ondas eletromagnéticas. Acho válido um ap...

Criogenia de D. ou manifesto pelos prazeres perdidos

Como definir em palavras o que está em Criogenia de D. ou manifesto pelos prazeres perdidos do escritor Leonardo Valente? Como definir, na concretude das palavras, aquilo que senti, ouvi, elucubrei e experimentei? Tudo que escreverei pode ser uma “farsa” em vários aspectos, mas em respeito ao autor, não será. Devorei o livro em menos de um dia. Impossível “desgrudar” da leitura. Acho que a habilidade jornalística do autor proporciona isso. O livro te prende, na verdade, a história de D. Aliás, como definir D.? D. é indefinível porque é sentimento. Na verdade, D. é um trem descarrilado que vem te atropelando do inicio ao fim. D. é um atropelo. Encaro atropelo como subversivo. O livro é subversivo. Tudo o que é subversivo atrai, D. me atraiu plenamente.   O autor subverte tudo, desde a forma da narrativa até o estilo. Sou uma pessoa de símbolos e Criogenia é cheia deles. Pra mim, símbolos são as formas de expressão mais sofisticadas e antigas de enxergar o mundo, então, símbolo...

Morricone e o assovio do meu pai *

Meu pai sempre gostou de assoviar. Desde muito pequena o ouvia assoviando pela casa melodias, para mim, estranhas. Acho que o meu primeiro contato com a música foi através dos assovios e, também, das canções de ninar entoadas por meus pais.  Mas algumas notas eram recorrentes nos assovios de meu pai e só alguns anos mais tarde pude identificá-las. A melodia em questão faz parte da música tema do filme Três Homens em Conflito , ou O bom, o mau e o feio , composta pelo maestro e compositor italiano Ennio Morricone. O filme, do cineasta italiano Sérgio Leone, é de 1966 e ficou rotulado como um western spaghetti. Ter Ennio Morricone como compositor de suas trilhas era uma de suas marcas. Porém, Morricone se fez por si só independente de Leone e dos westerns . Muitas de suas composições foram eternizadas. Hoje com apenas alguns trechos melódicos identificamos o filme ao qual elas pertencem. Um filme sem uma boa trilha sonora não existe. Ele pode até ter um bom roteiro, mas sem uma...