Estou em manutenção. Uma longa manutenção. Desde maio do ano passado. Mas, espero, que neste ano dedicado à serpente, eu tenha novas ideias ou que as velhas ideias se tornem novas. Apesar do novo ser quase sempre o velho de uma outra forma. Que meu Saci cambaleante me conte alguns segredos possíveis de se compartilhar e que a Cuca, em meu quarto, não me assombre mais. Que alguns livros possam ser referência e os filmes possam ser fonte de inspiração. E que meu olhar para o mundo ou diante dele não cause espanto em mim ou aos que ouvirem de minha boca o pessimismo do "óbvio ululante".
Como definir em palavras o que está em Criogenia de D. ou manifesto pelos prazeres perdidos do escritor Leonardo Valente? Como definir, na concretude das palavras, aquilo que senti, ouvi, elucubrei e experimentei? Tudo que escreverei pode ser uma “farsa” em vários aspectos, mas em respeito ao autor, não será. Devorei o livro em menos de um dia. Impossível “desgrudar” da leitura. Acho que a habilidade jornalística do autor proporciona isso. O livro te prende, na verdade, a história de D. Aliás, como definir D.? D. é indefinível porque é sentimento. Na verdade, D. é um trem descarrilado que vem te atropelando do inicio ao fim. D. é um atropelo. Encaro atropelo como subversivo. O livro é subversivo. Tudo o que é subversivo atrai, D. me atraiu plenamente. O autor subverte tudo, desde a forma da narrativa até o estilo. Sou uma pessoa de símbolos e Criogenia é cheia deles. Pra mim, símbolos são as formas de expressão mais sofisticadas e antigas de enxergar o mundo, então, símbolo...
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