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Mary e Max

Qual o valor da amizade? Ela pode existir à distância? Você se ilude com falsa idéia de quanto mais pessoas em seu Facebook ou Orkut o fazem popular ou bacana? Aqueles que lá estão, são seus amigos verdadeiros?

Mary e Max, filme de animação em massinha, traz esses questionamentos, além de muitos outros. Mary Dinkle, uma menina australiana de 8 anos, se corresponde por cartas com um nova iorquino, Max Horovitz, de 44 anos. Ambos em suas correspondências abordam temas espinhosos: dor, dúvida, perdas, não-inclusão, preconceitos, sexo, amor, conflitos familiares, inseguranças, medos, solidão entre outros. Depressivo? Sim e não. Adam Elliot, diretor e roteirista do filme, pincela humor nessa relação de troca entre o quarentão e a menina.

Na verdade, Mary e Max, é um filme que fala de amizade e amor. Ambos nunca se viram pessoalmente, mas estabelecem um elo muito forte. Os dois se reconhecem e formam uma comunhão (comu-união). Através das cartas se chocam, entram em conflitos e partem para resolução interna deles. Mary, mais tarde, torna-se especialista na Síndrome de Asperger para melhor entender o amigo. Max é autista.

O filme é um arrebatamento de emoções e grandes impactos. Há um grande amor entre eles. Um está presente na vida do outro, mesmo que à distância. Um impulsiona o movimento na vida do outro. Bacana também, é prestar a atenção na fotografia do filme. Não há cor, ou melhor o filme é todo em tom pastel. Na Austrália é bege e em Nova Iorque é cinza, toques de vermelho aparecem, quando o diretor quer representar o calor do afeto.

Foi um presente pra mim assistir Mary e Max. E ver que apesar de diferenças geográficas e de faixa etária, obstáculos da vida cotidiana, pode-se estabelecer laços e afetos.  Sugiro que assistam ao filme, e preparem-se para as lágrimas, pois elas surgem sem que você as perceba.


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