Outro dia me perguntei como se formava uma lágrima e...
Segundo a famosa Wikipédia: “A lágrima ou fluido lacrimal é um líquido composto de água, sais minerais, proteínas e gordura produzido pelas glândulas lacrimais (do sistema lacrimal) nas pálpebras superiores do olho humano para lubrificar e limpar. É produzido em grande quantidade quando alguém chora”. Ainda conforme a Wikipédia: “O filme lacrimal, que recobre a córnea e a conjuntiva bulbar, é constituído por três camadas. A mais externa, formada por lípidos originados pela secreção das glândulas de Meibómio, tem como função atrasar a evaporação de água. A seguir temos a camada aquosa, que contém água, sais minerais, complexos imunológicos, entre outras substâncias e é responsável por parte da oxigenação do epitélio corneal assim como por proporcionar à córnea uma superfície óptica regular e lisa. Por fim, a camada mais interna, em contato com a superfície corneal, é constituída por glicoproteínas segredadas pelas glândulas caliciformes, permite que a fase aquosa hidrófila se espalhe sobre a córnea hidrofóbica, transformando a córnea numa superfície hidrófila”. Entenderam? Tudo muito tecnicamente explicável não é?
Na verdade quero saber como surgem as lágrimas, qual o mecanismo no meu corpo, que desencadeia tanto sais minerais, água, proteína e gordura? Tudo bem, podem ser as ondas cerebrais que ativam o sistema lacrimal fazendo tudo aquilo explicado pela Wikipédia. Devo aceitar coisas tão técnicas? E aquilo que sinto, faz brotar lágrimas? Sim faz, eu sei. Meu corpo é uma máquina perfeita que responde a todos os estímulos. Cada vaso, veia, artérias e órgãos, são um todo celular produtores de imensos recursos corporais. Mas e a lágrima que cai quando vemos um filme? Às vezes choro e nem tenho o controle, as lágrimas vão saindo como se estivessem numa torneira aberta. Se eu for perguntar a um médico ou cientista teriam todas as explicações possíveis para minha questão. Porém, eles não conseguiriam parar com o surgimento delas. As minhas lágrimas são frutos de meus sentimentos que são abstratos. O que sinto torna a minha lágrima única. A lágrima que sai dos meus olhos não é a mesma que sai dos olhos de uma outra pessoa. É coisa de alma, de experiência de vida. A minha alma é que pede aquela lágrima. O poder está com a minha alma. A minha alma, meus sentimentos, não são tecnicamente explicáveis.
Dentre as definições de lágrima que mais gostei foi a do Dicionário de Símbolos: “Gota que morre evaporando-se, após ter dado testemunho: símbolo da dor e da intercessão.” E é com essa que prefiro ficar e, por favor, deixem as minhas lágrimas em paz.
Ei, Luzia... conhece uma música da Zélia Duncan, chamada Milágrimas?
ResponderExcluirSe não conhecer, acesse esse link aqui: http://letras.terra.com.br/zelia-duncan/303157/
... a cada mil lágrimas, sai um milagre!
Beijos no coração!