The Mission (A Missão) é o filme inglês de 1986, dirigido por Roland Joffé. Conta a história da Missão Jesuítica na América Latina no ano de 1758. O elenco conta com Robert De Niro, Jeremy Irons, Liam Nesson, Aidan Quinn, entre outros. Rodrigo Mendoza (Robert De Niro) é um mercador de escravos que após matar seu irmão mais novo (Aidan Quinn), num duelo, resolve, como penitência, entrar para a Companhia de Jesus. Padre Gabriel (Jeremy Irons), é o responsável por uma das missões jesuíticas na Bolívia. Capitão Mendoza fica subordinado ao padre e assim, parte para a floresta em busca de sua jornada pessoal. Mais tarde se converte a ordem e luta, literalmente, em favor da permanência da Missão Jesuítica no país.
A Companhia de Jesus foi fundada por Inácio de Loyola no ano de 1534. Era composta em seu início por estudantes universitários da Universidade de Paris. Seu lema era: Ad maiorem Dei Gloriam (Para a maior glória de Deus). Na América Latina os jesuítas eram contra a escravidão indígena.
Assisti A Missão ontem, mais uma vez. Gosto de rever filmes. Sempre há uma nova descoberta. Nosso amadurecimento também ajuda a trazer novas perspectivas. Com A Missão não foi diferente.
Rodrigo se penitencia carregando um fardo cheio de armaduras. Escala montanhas com todo o peso capaz ou não de suportar. Com a corda amarrada entre o pescoço e a clavícula se esforça para machucar seu corpo e assim amenizar sua dor. Nada é mais pesado do que a morte do irmão. O peso o faz lembrar sempre do pecado cometido. É essa a sua intenção. Em determinado momento do filme, um índio incomodado com tal sacrifício, corta a corda que une fardo ao penitenciado. Num misto de alegria e tristeza Rodrigo chora. Quantos fardos carregamos ao longo de nossas vidas? Alguns seriam úteis ou inúteis? Todo sacrifício é válido? Rodrigo sabia do dele e não queria abrir mão disso. Algumas pessoas não sabem se seus fardos são necessários, apenas o levam.
Outro ponto que me fez refletir seria: Analisar a Companhia de Jesus e seu ideal. Será que para a maior Glória de Deus haveria a necessidade de conversão dos índios? Os índios já não seriam obras divinas? Os jesuítas na América Latina eram contra a escravidão indígena, porém, no meu entender, acabaram os escravizando em virtude de seus dogmas religiosos. Controverso, não?
Vale a pena assistir A Missão, não só pela belíssima trilha de Ennio Morricone, mas também para refletir sobre diversos temas: religião, fé, fardos, política, penitências, aculturação, opressão, sonhos, disciplina entre muitos outros, ou simplesmente, discutir sobre até que ponto o ser humano é capaz de chegar pelo poder.
* O filme ganhou o Oscar de melhor filme, melhor direção, melhor direção de arte, melhor edição, melhor figurino e melhor trilha sonora. Abaixo segue vídeo com a trilha do filme.
Boaaaa!!! Post a lá Cinéfila Arte!!! ahuahuahuahauah Ótimo filme!!!
ResponderExcluirPois é Hiro, como gosto de cinema assim como você, sempre tenho em meu blog algumas resenhas de filmes. Obrigada por ser um dos meus seguidores. Bjs.
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