Merlí é uma série produzida pela Netflix de 2015. Estou assistindo e adorando.
Merlí Bergeron é um professor de filosofia que de forma bem particular ensina a matéria um tanto complexa. Um dos seus mandamentos é de que a filosofia e os conceitos devem ser trazidos para a atualidade e para a vida cotidiana de cada aluno. Merlí é um professor peculiar e atuação do ator Francesc Orella faz com nossa atenção se prenda aos temas de cada episódio.
A série aborda o mito da caverna mostrando o drama de um aluno que não sai de casa, assim também, aborda um problema cada vez mais presente: o isolamento dos jovens neles mesmos, principalmente, por conta da internet. Aborda Maquiavel e as questões éticas. Os peripatéticos, a homofobia entre os jovens, o bullying ( com uma jovem acima do peso), a desatenção dos pais com os filhos e etc.
A série traz a filosofia no que ela se propõe: a reflexão. Na minha pretensiosa visão, ouso dizer que o professor se assemelha muito ao personagem Ulisses de Uma aprendizagem ou o Livro dos prazeres, de Clarice Lispector.
Merlí traz temas amargos, mas com um toque de humor. Mexe com a gente. Nos reacende a questão: de onde viemos pra onde vamos. É pra quem gosta de pensar o mundo e as relações humanas. Como sempre as produções catalãs dando um show.
Destaco a cena do episódio 5 da primeira temporada, onde Bruno e sua amiga Tânia dançam juntos. Muito singela e emocionante. Destaque também para a trilha sonora.
A abertura também é fabulosa com uma mosca frenética voando pra lá e pra cá. A mosca tem como símbolo a visão multifacetada da realidade, a adaptação ao ambiente em que vive e uma grande facilidade de transformar o que é desperdício em valiosos recursos para sua sobrevivência. Pessoal, é mosca e não vampiros, ok?!
Até!
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